lundi 19 octobre 2009

Afffff como o tempo passa...

O tempo passa. Mesmo. Pode parecer que eu, Canalhona Cascavel estava hibernando, mas nada disso. Canalhona Cascavel fez taaantas coisas desde que desencalhou que nem Pai Mei acredita que treinou uma criatura tão ativa. A primeira e mais importante delas foi um filhotinho de cobra. Nasceu um filhotinho macho que é a cara da mamãe. E como toda mamãe impossível e insuportavelmente CO-RU-JA, a primeira coisa que ela fez foi um blog para o moleque. Depois, andou se metendo a escrever tese, fazer exame de qualificação e submeter artigos. Se Pai Mei visse teria lágrimas de emoção nos olhinhos rasgados. Mas hoje vim para contar minhas impressões nesse dia cinza, frio e lindo de outono.

Estamos aqui na Holanda. Um país pequenininho latitude 50, que fica no oeste europeu e que tem grande parte do seu território abaixo do nível do mar. Hoje está fazendo um lindo dia de outono. Pelo menos na opinião de uma cobra. Veja, a temperatura está em torno de 10 graus Celsius. Tem um vento leve, as folhas estão caindo e o céu está cinzento. E eu? Me sinto feliiiiiiizzz. E olha que eu estou doente, o filhote de cobra está doente e estamos tendo que cuidar um do outro porque o herói do nosso lar teve que ir trabalhar mesmo assim.

Não tem como não olhar as folhas caindo e não pensar na passagem do tempo. Daqui da janela de nossa casinha aquecida vemos o mundo, eu e filhote. O tempo passa, Canalhona, posso imaginar Pai Mei me dizendo essas carinhosas palavras antes de me acertar um cruzado de esquerda. O tempo passa, o outono chega e passamos nossa juventude para nossos filhos. E nós, humanos? Seguimos crendo impensadamente em uma eternidade que não possuímos. Ou melhor, possuímos, de certa forma, em nossas crias.

mardi 16 octobre 2007

Conselhos de Pai Mei para as solteiras

Atendendo a pedidos, Canalhona Cascavel mandou uma mensagem telepática para Pai Mei, e após recuperar-se da dor que o recebimento da resposta lhe causou, vem transmitir os conselhos do mestre para as encalhadas:

1) Qualquer lugar é lugar para arrumar um bofe, logo arrume-se e não ande por aí feito uma mulambenta, nem mesmo para comprar pão na padaria. Batom e salto alto inclusive quando estiver fazendo faxina.

2) Caiu na rede é peixe, primeiro você agarra, depois conversa. Prá que perder tempo conversando com um cara para depois ver que o beijo não encaixa? Vai logo beijando e, se valer a pena, vc puxa assunto. Caso contrário, a fila anda.

3) Não se preocupe se o seu papo não é bom, se vc não é intelectual o suficiente ou se não está totalmente por dentro da política internacional. Homem quer é mulher gostosa. Preocupe-se em estar depilada, com as unhas feitas, sombrancelhas desenhadas e cheirosa.

4) Faça o que quiser, quando quiser, como quiser e com quem quiser. Há de ser tudo da lei.

mardi 9 octobre 2007

Pai Mei e o casamento

Como não poderia deixar de ser, este primeiro texto será dedicado ao mais recente evento da vida de uma das discípulas de Pai Mei, que tem a honra de abrir este blog: Canalhona Cascavel, aquela que faz Beatrix Kiddo (pobre Black Mamba) e Elle Driver (a zarolha California Mountain Snake) parecerem professoras de maternal e o Deadly Viper Assassination Squad parecer um grupo de animadores de festas infantis.

Comecemos pelo marido. Insuportável de primeira linha, com um monte de mulheres mandando e-mails e recadinhos atrevidos e dentre elas uma golpista a quem falta a mais básica sabedoria, o tipo é o que seria definido vulgarmente como um cara que se acha. Portando títulos acadêmicos, uma careca lustrosa e duas bicicletas, o galante mancebo faz o pedido romanticamente no dia dos namorados em uma república no "centro de um planalto vazio, como se fosse em qualquer lugar".

Pronto, está colocada a aliança na mão direita (ai ai ai), e começam os infindáveis preparativos. Canalhona Cascavel, que não pode revelar sua identidade secreta, se camufla sob a identidade de uma pessoa quase normal, com um passado e uma família quase normais. Conforme os padrões das famílias quase normais, o pedido oficial tem que ser feito na frente do pai da noiva, com toda a pompa e circunstância, bem como champanhe, amigos, foto, discurso etc etc... Para o deleite da aspirante-a-noiva-com-aprovação-paterna o galante mancebo prepara um discurso, tira ele do bolso, treme e gagueja na hora do pedido oficial.

Como não casar com ele? Bom, em se tratando da nossa protagonista e heroína Canalhona Cascavel isso não configura exatamente algo novo para ela. Já tendo passado por essa situação "uns par de vezes" ela sabia exatamente como bancar a noiva em fuga. Mas, tal como no filme, com o terceiro ela resolve se casar. E antes de se casar no dia cabalístico, místico e numerologicamente perfeito: resultante 9 ela viaja até a China, para ouvir mestre Pai Mei.

Após dar-lhe alguns carinhosos socos no estômago, Pai Mei finalmente se pronuncia: "Ô retardada, num tá venu o tanto de muié doida prá arrumá homi? E o tanto de homi doido prá arrumá homi? Num tá venu como ocê tá ficanu acabadinha não, ô santa? Ce num tem mais 20 aninho não, ô baranga. Casa logo com o bofe e sossega esse facho."

E assim falou Pai Mei.